*O Estado de S.Paulo
Memória
Enrico Bianco, assistente de Portinari, morreu anteontem à tarde, aos 94 anos, no Hospital Samaritano, no Rio. Bianco lutava contra um câncer na próstata diagnosticado em 1989.
O pintor romano, que ajudou Portinari a executar o painel Guerra e Paz no prédio da ONU em Nova York (1953-1956), chegou ao Brasil em 1937, quando morreu sua mãe, a pianista Maria Bianco-Lanzi. O pai, Francesco Bianco, correspondente internacional do Jornal do Brasil, saiu da Itália por razões políticas - ele era antifascista. Tendo estudado pintura com Deoclécio Redig de Campos, que foi diretor do Museu do Vaticano, e com Dante Ricci, Bianco aperfeiçoou sua técnica com Cândido Portinari (1903-1962), de quem foi assistente até a morte do mestre. Seu estilo, aliás, deve muito à construção formal de Portinari. Ao lado dele, Bianco trabalharia ainda em painéis para o edifício do Ministério da Educação e Cultura (MEC) no Rio e o Banco da Bahia.
Segundo um dos dois filhos do pintor, Paulo Bianco, ele deixa cerca de 600 obras registradas e autenticadas. Sua primeira obra individual brasileira foi realizada em 1940, no Copacabana Palace. Paisagens e naturezas-mortas eram seus temas. Bianco foi também ilustrador de livros.
Memória
Enrico Bianco, assistente de Portinari, morreu anteontem à tarde, aos 94 anos, no Hospital Samaritano, no Rio. Bianco lutava contra um câncer na próstata diagnosticado em 1989.
O pintor romano, que ajudou Portinari a executar o painel Guerra e Paz no prédio da ONU em Nova York (1953-1956), chegou ao Brasil em 1937, quando morreu sua mãe, a pianista Maria Bianco-Lanzi. O pai, Francesco Bianco, correspondente internacional do Jornal do Brasil, saiu da Itália por razões políticas - ele era antifascista. Tendo estudado pintura com Deoclécio Redig de Campos, que foi diretor do Museu do Vaticano, e com Dante Ricci, Bianco aperfeiçoou sua técnica com Cândido Portinari (1903-1962), de quem foi assistente até a morte do mestre. Seu estilo, aliás, deve muito à construção formal de Portinari. Ao lado dele, Bianco trabalharia ainda em painéis para o edifício do Ministério da Educação e Cultura (MEC) no Rio e o Banco da Bahia.
Segundo um dos dois filhos do pintor, Paulo Bianco, ele deixa cerca de 600 obras registradas e autenticadas. Sua primeira obra individual brasileira foi realizada em 1940, no Copacabana Palace. Paisagens e naturezas-mortas eram seus temas. Bianco foi também ilustrador de livros.