Estudo realizado pelo INCA, em parceria com alunos de pós-graduação das faculdades de Empreendedorismo e de Ciências Humanas do Brasil, ambas Universidade Federal do Rio de Janeiro, reuniu dados que comprovam como a prática de atividades físicos pode beneficiar as pacientes em tratamento do câncer de mama. A pesquisa enfatiza que os exercícios físicos melhoram a qualidade de vida e o bem-estar das pacientes, aumentam as respostas positivas ao tratamento e diminuem as chances de retorno da doença. Um dos principais benefícios avaliados é relativo ao controle de outros problemas de saúde que algumas pacientes podem desenvolver durante o tratamento, a exemplo de doenças cardiovasculares. O artigo foi publicado na revista Acta Scientific Women's Health, em maio deste ano.
Apesar de o câncer de mama ser o mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, o número de sobreviventes é cada vez maior. Por isso, é fundamental considerar aspectos como o impacto do diagnóstico e os efeitos do tratamento, não só no bem-estar físico como também na saúde mental do paciente. Uma das preocupações apresentadas pela pesquisa do INCA refere-se à ocorrência de alterações cardíacas em alguns pacientes que podem desenvolver insuficiência cardíaca durante o tratamento oncológico. Essa condição pode ocorrer devido a algum problema de saúde prévio ou que surge no decorrer do tratamento. Além disso, algumas mulheres podem apresentar diferentes problemas de saúde, como sarcopenia e osteoporose, depressão, ansiedade, distúrbios do sono, problemas cognitivos e fadiga, que são os mais comuns. “Essas são condições de saúde que costumam ser mais frequentes a partir dos 40 anos, quando também aumentam os casos de câncer de mama. Ou seja, são problemas que podem ser anteriores, mas também podem estar relacionados ao diagnóstico e tratamento do câncer”, explica o médico e pesquisador do INCA, Marcos Renni.