Neste domingo (15) é comemorado o Dia Nacional do Homem, uma data especial para homenagear os homens contemporâneos, que já fazem as unhas, tratamentos de beleza e até encarar cirurgias plásticas. Mas a maioria destes homens ainda são pouco receptivos aos tratamentos de saúde, o que contribui com estatísticas nada boas com relação ao câncer de próstata.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia, os homens hoje vivem oito anos a menos do que as mulheres, reúnem o dobro de casos de mortes cardíacas comparado ao sexo feminino, fumam estatisticamente quase 10% a mais do que elas e nem sequer diagnosticam cânceres letais, como o de pulmão e próstata.
Segundo especialistas, em relação aos exames para diagnosticar o câncer de próstata a situação é mais crítica. Ainda é pequena a procura do homem por esse diagnóstico. O que a maioria desconhece é que esse tipo de câncer, que é o mais incidente na população masculina, se diagnosticado logo na fase inicial, tem grandes possibilidades de cura.
Diagnóstico
Segundo o urologista João Frederico Andrade, do HSM Hospital e Diagnóstico, o câncer de próstata acomete homens, principalmente a partir dos 60 anos, sendo menos frequente entre os 40 e 60 anos e raro abaixo dos 40. Segundo o especialista, não existe nada que comprove a causa direta para o aparecimento do adnoarcinoma prostático, mas a hereditariedade é fator de risco elevado.
“Também não existe associação com álcool, fumo, hipertensão, diabetes. O câncer de próstata é assintomático nas fases iniciais. Quando apresenta sintomas é em fase tardia de metástase óssea, obstrução urinária e insuficiência renal. Esse é o grande motivo do rastreamento precoce, pois o diagnóstico em fase inicial tem mais de 90% de chances de cura”, afirma o médico.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que seja feito o rastreamento precoce de câncer de próstata a partir dos 40 anos com exame físico (toque retal), PSA – exame de sangue que detecta a dosagem de antígeno prostático específico no organismo - e ultrassonografia da próstata. “Se houver alteração no PSA o no toque retal deve ser indicado biópsia transretal da próstata para confirmação do diagnóstico”, orienta o médico.
Tratamento
A partir do diagnóstico feito por biópsia de próstata e dependendo do quadro de avanço da doença será instituído cirurgia de prostatectomia radical, radioterapia, braquiterapia ou bloqueio hormonal. Essas terapias poderão ser usadas de forma isolada ou em associação, dependendo de cada caso específico.
Hoje todas essas formas de tratamento estão disponíveis em Belémno HSM Diagnóstico, que oferece tecnologia para o tratamento do paciente oncológico. Um grande avanço no tratamento da doença é um tipo específico de radioterapia, chamada de IMRT, sigla em inglês que significa Radioterapia com Intensidade Modulada de Feixe. Quando associada à hormonioterapia, a IMRT torna o tratamento muito mais eficaz, atingindo o ponto certo da doença, com mínimos efeitos colaterais.
Estatística
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento. Mais uma razão para que o homem se conscientize de que é preciso fazer exames de diagnóstico precoce e ir ao médico com maior frequência.
Fonte: G1 PA.