— Fazer uma jogada terapêutica, muitas vezes, é o caminho para driblar a doença. Há casos em que você estende a vida por 4, 5 anos, quando esse prazo antes era de, no máximo, seis meses — disse a gerente médica da Bayer no Brasil, Fabíola Puty, ressaltando que, para isso, é preciso estudar e entender a assinatura genética dos tumores, o que é bem complexo.
Para o cirurgião oncológico e diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni, o câncer já deve ser considerado uma doença crônica, e não aguda:
— Com os estudos de biologia molecular, de genética e de oncogenética sabemos que, quando falamos de câncer de mama, por exemplo, há diversos subtipos moleculares diferentes e, com esse conhecimento, é possível sintetizar medicamentos para essas alterações genéticas.
Maltoni ressalta ainda que os desafios da cura do câncer hoje estão relacionados, principalmente, a acesso ao diagnóstico e à informação.
— Nos países em desenvolvimento há muita desinformação, muitos mitos. O diagnóstico não é um atestado de óbito. Também é fundamental lembrar da importância de cuidar da própria saúde, de se alimentar adequadamente, evitando consumo excessivo de carnes vermelhas e bebidas alcoólicas, e não fumar. Quanto mais precocemente conseguimos detectar, melhor a chance de tratar de maneira adequada.
*A jornalista viajou a convite da Bayer
Fonte: Extra.globo.com