domingo, 17 de maio de 2015

Laserterapia: Um tratamento pioneiro para pacientes com câncer no RN

Os pacientes com câncer sofrem alterações na boca em decorrência da quimioterapia, radioterapia e transplante de medula óssea, que são as formas de tratamento aos quais se submetem. O laser de baixa potência tem sido utilizado em diversos centros de referência mundiais para o controle da mucosite, com o objetivo de prevenir e tratar as complicações agudas decorrentes do tratamento do câncer. Esse serviço pioneiro vem sendo oferecido aos pacientes da Casa Durval Paiva, tanto no hospital, como no ambulatório, conferindo a centenas de crianças e adolescentes uma minimização das alterações bucais e uma melhor qualidade vida.

Em resposta ao tratamento com o laser, é possível constatar uma melhora considerável dos pacientes oncológicos, possibilitando aos mesmos alimentarem-se de forma adequada, proporcionando assim pronto restabelecimento pós-quimioterapia. Em 11 anos, 2.420 crianças e adolescentes já foram beneficiados com o serviço pioneiro no Estado e no país. A cada mês são realizados, em média, 101 atendimentos em torno de 20 pacientes.

O laser de baixa potência ou laser terapêutico possui efeito anti-inflamatório, analgésico e bioestimulante, como explica a Dra. Simone Norat, dentista da Casa: “Vários estudos têm mostrado bons resultados com a laserterapia que pode ser usada isoladamente ou associada a tratamento medicamentoso, proporcionando alívio da dor, maior conforto ao paciente, controle da inflamação, manutenção da integridade da mucosa e melhor cicatrização. Pode ser aplicado como prevenção em toda a cavidade oral ou pontual nas áreas acometidas pela mucosite.”, destaca.

A mucosite oral, efeito colateral mais comum do tratamento do câncer, constitui uma inflamação severa da mucosa, lembrando grandes aftas com sangramento, dor e inchaço. Acomete 40% dos pacientes submetidos a quimioterapia e de 80% a 100% dos pacientes que sofrem radioterapia direcionada a cavidade oral quando esta é associada a quimioterapia. As consequências dessa patologia são: dor intensa, dificuldade na deglutição e alimentação, perda ou diminuição do paladar, dificuldade da higiene oral e comunicação.

Dra. Simone Norat destaca a importância do tratamento com o laser em benefício os pacientes assistidos “Essas alterações decorrentes da mucosite aumentam o tempo de internação do paciente, com isso, o tratamento fica mais caro, aumenta o risco de mortalidade e pode atrasar o protocolo de tratamento médico. A aplicação do laser minimiza não só os efeitos da mucosite, como também torna todo o processo de cura menos complexo.” ressalta.

Um exemplo dos resultados do atendimento como o laser é relatado por Josefa E. dos Santos, mãe de Deyverson Luiz, que há 3 anos faz tratamento contra um retinoblastoma, tumor maligno que se desenvolve na retina. “Sempre após a quimioterapia apareciam as aftas, ele não comia, não queria beber nem água e logo na primeira aplicação com o laser, no outro dia, ele já podia comer normalmente. O laser é muito importante para a saúde de meu filho, se não fosse por ele o tratamento seria muito mais doloroso e demorado.”, afirma.

A partir dos resultados satisfatórios obtidos pela Casa Durval Paiva, o serviço de oncologia do Hospital de Mossoró e o serviço odontológico da Liga Norteriograndense para adultos também passaram a trabalhar com o laser.

Na foto, Michardson - 8 anos, assistido desde 2015, em momento de aplicação do laserterapia pela Dr. Simone Norat - CACCDP.

Matéria: Sandra Cerqueira - Assessoria de Comunicação CACCDP
Foto: Alberto Oliveira - Marketing CACCDP.