quarta-feira, 2 de maio de 2018

Hospital Fundação do Câncer alerta sobre a importância da vacinação da gripe para pacientes oncológicos

O inverno só começa no dia 21 de junho, mas, antes mesmo da temporada mais fria do ano, já é possível perceber o aumento dos casos de gripe entre a população. A vacina é a principal estratégia para evitar novos surtos da doença e, a partir de 23 de abril, o Ministério da Saúde inicia a Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza (H3N2). O Hospital Fundação do Câncer alerta que, além daqueles que se enquadram nos chamados grupos de risco – como idosos,portadores de doenças pulmonares crônicas ou cardiovasculares, crianças de 6 a 18 meses e gestantes – é muito importante que os pacientes com câncer também façam a imunização do vírus.

O médico epidemiologista do Hospital Fundação do Câncer, Alfredo Scaff, explica que o objetivo da vacina é prevenir a gripe e também reduzir o risco de infecções bacterianas secundárias, como pneumonia e outras, que são uma evolução da doença e podem levar ao óbito. “Um paciente com câncer está com imunidade baixa e, consequentemente, mais suscetível a desenvolver complicações, se infectado pelo vírus”, disse.

De acordo com o oncologista clínico do Hospital, Frederico Müller, existe uma dúvida recorrente quanto à vacinação durante o tratamento oncológico (quimioterapia). “A vacinação é recomendada para pacientes com câncer. Como a vacina da gripe é feita com o vírus morto, não causa resfriado ou gripe e pode ser aplicada em pessoas que estão imunossuprimidas. Vale ressaltar que cada caso deve ser analisado individualmente pelo profissional de saúde que acompanha o paciente. Em alguns casos pontuais em que o tratamento oncológico possa causar uma baixa da imunidade mais severa e, consequentemente, redução da resposta imunológica (não produzir os anticorpos que irão combater a infecção), costumo orientar a vacinação dos familiares mais próximos com intuito de diminuir o risco de contato com o vírus, explica.

Outra indicação é procurar o médico assim que os primeiros sinais aparecerem. “Em geral, a infecção viral causa febre, dores no corpo, tosse, dor de cabeça, garganta e coriza, sintomas que melhoram em até sete dias. No caso dos pacientes oncológicos, há também efeitos colaterais do tratamento quimioterápico que podem ser confundidos com alguns sinais da gripe ou reação à vacina.”, especifica Müller.

Os especialistas pontuam, ainda, outras medidas relevantes para a prevenção: “Gripe é uma doença que se transmite entre indivíduos, de forma direta ou indireta, ou seja, por meio de fluidos da respiração, enquanto falamos, durante contato pessoal ou mesmo via objetos de uso comum contaminados tais como canetas etc. É fundamental ter atenção à higiene, lavando as mãos frequentemente com água e sabão, desinfetando com álcool em gel 70%, não compartilhando objetos de uso pessoal, mantendo-se hidratado e preferir ambientes arejados evitando aglomerações”, finalizou.

Sobre a Fundação do Câncer

A Fundação do Câncer é uma instituição privada e sem fins lucrativos que, há mais de 25 anos, realiza ações estratégicas para o controle do câncer por meio da gestão, prevenção, assistência, pesquisa e difusão de conhecimento. Tem atuação direta na assistência com o Hospital Fundação do Câncer, no Rio de Janeiro, que foi projetado para ser um centro de referência em oncologia no país. A unidade oferece atendimento humanizado e tecnologia de ponta, com estrutura de serviços disponível em um só lugar.

Na área de educação, a Fundação é responsável pelo desenvolvimento do Programa Nacional de Formação em Radioterapia, em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e o Instituto Nacional de Câncer (Inca), contemplado no âmbito do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon), do Ministério da Saúde.

A instituição também tem parceria com o Inca no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) e no projeto de expansão da Rede Brasileira de Bancos Públicos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (Rede BrasilCord), e com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) no Programa de Oncobiologia.

*Fonte: Mídia Bahia