NEY LOPES
Para quem ainda duvida e reduz os efeitos mortais da Covid19, a cifra de dois milhões de mortos no mundo fala mais alto. O ritmo de expansão das vítimas, longe de diminuir, continua a crescer na Espanha, na Europa e em praticamente todos os lugares do planeta.
O vírus levou sete meses para causar o primeiro milhão de mortes, mas apenas três meses para somar o segundo milhão. Se em meados do ano os mortos estavam em torno de 5.000 por dia, agora aumentaram para 13.000. Quase o triplo todos os dias. A velocidade do segundo milhão lembra que estamos em uma corrida contra o relógio.
A realidade imediata é que a imunidade ainda está muito distante. . Na Europa, por exemplo, há países como Bulgária, Hungria e República Tcheca onde o vírus praticamente não havia chegado até o último trimestre de 2020. Lá as mortes foram apenas algumas centenas no primeiro semestre, mas agora se contam aos milhares. Três países com mais mortes são os EUA (380.000), o Brasil (208.000) e o México (137.000).
Em geral, as mortes por coronavírus serão maiores do que as que constam nos dados oficiais.
Para se ter uma ideia do impacto da covid-19, basta dizer que está agora entre as principais causas de morte no mundo. Com dados de 31 de dezembro, a OMS afirma ser a sexta patologia dessa lista, no mesmo nível do câncer de pulmão e à frente de Alzheimer, diarreia, diabetes e doenças renais.
Uma das principais causas de morte não existia há um ano. A questão é quando serão ultrapassados os três milhões de mortes e se serão três, quatro ou quantos milhões em 2021.
Responder é impossível, porque a corrida pela vacina está apenas começando. Afinal, para onde caminha a humanidade?