segunda-feira, 20 de maio de 2013

Diagnóstico precoce favorece a cura

Uma doença bastante temida e que ainda é vista com preconceito pela maioria da população é o câncer. No entanto, quando descoberta cedo pode ser totalmente curável. Desde que a atriz americana Angelina Jolie resolveu publicizar sua decisão de extrair as duas mamas por completo, após descobrir ter 87% de chances de desenvolver o mesmo tipo de neoplasia que provocou a morte de sua mãe, o debate em torno do tema foi reaberto. A decisão é importante para informar a população sobre a existência desse exame, mas também reforça a necessidade de aplicação das estratégias recomendadas para controle do câncer da mama.

Esse tipo de câncer é o que mais acomete as mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. Mais de 52 mil casos novos foram esperados para o ano de 2012 em todo o Brasil. Algo em torno de 35 ocorrências a cada 100 mil habitantes só no Rio Grande do Norte. Os dados são do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca).

O médico mastologista Maciel Matias destaca que o mais importante é sempre incentivar a cultura da prevenção. Lembrando que todas as mulheres acima dos 40 anos de idade devem se submeter ao exame clínico anual. A antecipação do procedimento deve acontecer apenas para as mulheres de grupos populacionais considerados de risco. “O diagnóstico precoce é fundamental”, afirma.

Apesar de ser considerado um câncer de relativamente bom prognóstico se diagnosticado e tratado oportunamente, as taxas de mortalidade por câncer da mama continuam elevadas no Brasil, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. De acordo com dados do Inca a sobrevida média nos países em desenvolvimento fica em torno de 60%.

De acordo com o mastologista a idade continua sendo o principal fator de risco para o câncer de mama. As taxas de incidência aumentam rapidamente até os 50 anos e, posteriormente, esse progresso ocorre de forma mais lenta. Por outro lado a história familiar de câncer da mama está associada a um aumento de cerca de duas a três vezes no risco de desenvolver essa neoplasia.

*Tribuna do Norte.