O risco de morrer de câncer nos Estados Unidos caiu 20% em 20 anos, o
que reflete avanços na prevenção e no tratamento da doença, segundo o
último relatório da Sociedade Americana Contra o Câncer (ACS), divulgado
nesta terça-feira.
De 2006 a 2010, últimas estatísticas disponíveis, a incidência de câncer
diminuiu 0,6% ao ano entre os homens e permaneceu estável entre as
mulheres. Já a taxa de mortalidade caiu 1,8% ao ano entre eles e 1,4%
entre elas. Essa diminuição se traduz em 1,34 milhão de mortes evitadas
(952 700 homens e 387 700 mulheres) durante este período.
A redução varia de acordo com a idade, a origem étnica e o sexo dos
doentes, passando de uma taxa de mortalidade que continua imutável entre
mulheres brancas de 80 anos para uma queda de 55% entre homens negros
de 40 a 49 anos.
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Mesmo assim, entre todos os grupos étnicos, os negros americanos
registram a maior incidência de câncer e de morte provocada pela doença –
o dobro dos casos comparados aos asiáticos, os menos afetados. Segundo o
relatório, "essa disparidade racial é explicada, sobretudo, pelas
diferenças de tratamento no momento do diagnóstico".
Novos casos – O relatório da ACS prevê 1 660 000
novos casos de câncer nos Estados Unidos em 2014, assim como 585 720
mortes – 1 600 por dia - como resultado da enfermidade.
Entre os homens, os tumores de próstata, pulmão e cólon serão a metade
dos diagnósticos do ano. No caso das mulheres, os três tipos mais
incidentes serão mama, pulmão e cólon, que representarão metade dos
casos.
"O progresso que estamos vendo é excelente, mas podemos e devemos torná-lo melhor", disse John Seffrin, presidente da ACS.
*Veja