Mulheres que fazem acima do recomendado, de quatro a mais vezes por semana, as chances de não desenvolver cresce ainda mais e pode chegar em até 41%. As descobertas foram consistentes em todos os tipos e estágios da doença. O estudo também revela que as pessoas que não fazem nenhum exercício físico e mantém uma vida sedentária têm o dobro da chance de desenvolver a neoplasia do que as que fazem atividade física regular.
“Aumentar a atividade física e diminuir o tempo de sedentarismo já são recomendados para a prevenção de câncer. Mas a adoção de estilo de vida ativo pode reduzir ainda mais a quantidade de casos da forma mais comum de câncer em mulheres”, afirmaram os autores do estudo durante o evento Breast Cancer Association Consortium.
Segundo os pesquisadores, o exercício físico diminui fatores de risco importante para o desenvolvimento do câncer, como a inflamação e inchaço no corpo, controla a produção de hormônios e mantém o peso corporal baixo.
O estudo foi realizado em mais de 130 mil mulheres de ascendência europeia. Quase 70 mil tinham tumores que se espalharam localmente (invasivos). Os pesquisadores então se basearam em estudos publicados anteriormente sobre possíveis explicações genéticas para a predisposição geral à atividade física, atividade física vigorosa ou tempo sentado – medido por rastreadores de atividade no pulso – para geneticamente prever quão fisicamente ativos ou inativos seus próprios participantes do estudo eram.
O estudo também comprovou que passar um maior tempo sentado eleva o risco de ter um câncer de mama triplo negativo em até 104% — a mesma porcentagem foi encontrada para pessoas com vicio em tabagismo e excesso de peso.
Câncer de mama
No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2020-2022 a estimativa é que tenha mais de 66 mil novos casos. O risco estimado é de 61 casos por 100 mil mulheres. De acordo com o Atlas de Mortalidade por Câncer, em 2019, ocorreram 18.295 mortes pela doença, sendo 18.068 mulheres e 227 homens.
O sintoma mais comum do câncer de mama é o aparecimento de um nódulo ou massa na região. Entretanto, esse corpo pode se manifestar de diversas formas. Um nódulo sólido, indolor e com bordas irregulares, pode ser um tumor maligno, mas eles podem ser sensíveis ao toque, macios e redondos. Por isso, é importante que qualquer nova massa, nódulo ou alteração na mama seja examinada por um médico.
A melhor época do mês para que a mulher que ainda menstrua avalie as próprias mamas para procurar alterações é alguns dias após a menstruação, quando as mamas estão menos inchadas. Para as mulheres que já passaram a menopausa, o autoexame pode ser feito em qualquer época do mês.
Há outras manifestações recorrentes do câncer de mama como inchaço de toda ou parte de uma mama, irritação ou abaulamento de uma parte da mama, dores e incômodos na região, inversão do mamilo, vermelhidão na pele e linfonodos aumentados. Em casos mais graves pode ocorrer um sangramento pelos mamilos.
Apesar da importância do diagnóstico precoce para aumentar e melhorar as chances de cura e sobrevida para as mulheres com câncer de mama, muitos casos ainda são diagnosticados em estágios avançados, inclusive com metástases, que é quando o tumor já se espalhou para outros órgãos. Nesses casos, os sinais e sintomas podem variar de acordo com a área afetada pelo avanço do câncer. As metástases do câncer de mama em geral atingem os ossos, fígado, pulmões ou cérebro.
*Grupo Cidadão 190